Hoje me peguei pensando em você, pensando em suas manias e em seu jeito de ser. Tentei reproduzir em minha mente aquele seu belo sorriso, tentei reproduzir até o timbre de sua voz. Falhei, é claro. Na verdade, eu já sabia que falharia antes de tentar. Eu sabia que seria impossível reproduzir qualquer parte sua, por menor que fosse. Eu sabia que nem mesmo as lembranças que guardei seriam suficientes para isso.
Às vezes, eu me pego vendo suas fotos. Me pego tentando guardar cada traço de seu rosto em minha memória e tentando imaginar no que você estava pensando em cada uma delas. Falho nisso também. Até mesmo quando eu ainda estava com você, eu falhava. Sua mente sempre foi coberta por uma grande névoa e eu nunca consegui desvendá-la, nunca consegui ultrapassá-la. Sempre precisei prestar bastante atenção em cada movimento que você fazia para tentar descobrir como você se sentia. E quando isso não bastava, eu tinha que apelar. Eu lhe perguntava, mesmo sabendo que você sempre odiara perguntas. Irônico isso, já que eu sempre amei fazê-las.
Ás vezes, eu fico pensando no que você faria ou falaria se estivesse comigo agora. Se estivesse vendo esse ser tão deplorável que me tornei. Se estivesse ouvindo meus soluços. Se estivesse ouvindo meus gritos, meus berros, meus chamados… Se estivesse ouvindo eu chamar por você. Tão desesperadamente, tão loucamente, tão… Inutilmente. Acho que você diria para eu parar de ser dramática, para seguir em frente, para tentar lhe esquecer. Na verdade, essas foram as últimas palavras que você disse para mim. Apesar disso, você não pode me culpar. Eu tentei, eu tentei. Mas falhei, novamente. Como eu poderia esquecer de alguém tão importante? Como eu poderia sequer cogitar a possibilidade? Só de pensar em tal coisa meu estômago embrulha, meus olhos se enchem e minha mente se apaga.
Hoje me lembrei de nossas promessas. Nós dissemos que teríamos uma família, filhos e talvez até um animal de estimação ou outro. E, apesar de nossa pouca idade, não eramos apenas dois adolescentes fazendo promessas em vão. Nós sabíamos do que falávamos, sabíamos do peso que essas palavras traziam. Mas o destino não colaborou. Não o destino sozinho, mas também a vida. Ou melhor dizendo: A falta dela. É, a morte nos obrigou a desistir de nossas promessas. Mas fique tranquilo, ela não me fez desistir de você.
Até outro dia.
Bye,
Iasmin Guimarães.
Oiee Iasmin, tudo bem?
ResponderExcluirachei o seu blog por aqui e vim conferir. Achei lindo o seu texto, muito inspirador. Parabéns *-*. Um lindo ano novo pra vc
beijos
Kel
www.porumaboaleitura.com.br
Oi Iasmin.
ResponderExcluirQue texto mais lindo, bem tocante. Primeira vez que venho no seu blog e achei tudo muito lindo.. Feliz 2014!
Beijos,
biblioteca-de-resenhas.blogspot.com.br
Adorei o texto.
ResponderExcluirNão gosto qndo me pego pensando nele, pois as coisas ruins que aconteceram vem como uma avalanche.
Promessas feitas que nunca foram cumpridas, lembranças que só machucam.
Mas no caso do seu texto, achei muito profundo e tocante. Algo que realmente toca e faz a gente pensar nos atos.
Resenha #126 - Obsessão - Série Breathless - Livro 1 – Maya Banks.
Confere lá!
Manuscrito de Cabeceira
Bjs.
Gostei bastante do texto
ResponderExcluirBeijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com